Peter Tosh (19 de outubro de 1944 – 11 de setembro de 1987) foi um pioneiro músico de reggae/ska. Militante, bem-instruído e amigo da confusão, Tosh era o Malcolm X da personalidade estilo Martin Luther King representada por Bob Marley.
Baptizado Winston Hubert McIntosh, ele cresceu em Kingston, Jamaica, na favela de Trenchtown. Embora o seu pavio curto o metesse frequentemente em confusões, o jovem McIntosh começou a cantar e a tocar guitarra muito cedo, inspirado pelas estações americanas que conseguia sintonizar em seu rádio.
No início dos anos 60, conheceu Bob Marley e Bunny Livingston e ensinou-os a tocar guitarra, formando o grupo Wailing Wailers. Em 1966, os três começaram a envolver-se na religião Rastafari e mudaram o nome da banda para The Wailers.
Conseguem um contrato com a Island Records, lançando Catch a Fire em 1972 e Burnin’ em 1973. Neste mesmo ano, Tosh teve um grave acidente de automóvel. O seu carro cai de uma ponte, matando a namorada e deixando Tosh com uma fractura no crânio. Ele sobrevive, mas torna-se uma pessoa ainda mais difícil de se lidar. Depois de o presidente da Island, Chris Blackwell, ter recusado o lançamento do seu álbum a solo em 1974, Tosh e Bunny deixam os Wailers, citando o tratamento injusto que recebiam de Blackwell, que Tosh considerava “pior que os brancos”.
O ano de 1976, foi o momento da edição do 1º álbum de Tosh a solo, "Legalize It", o controverso single foi imediatamente proibido nas estações de rádio jamaicanas, mas mesmo assim foi um dos mais vendidos da história da música Jamaicana. Depois de "Legalize It", diversos clássicos foram lançados por Tosh, entre eles “Equal Rights” e “Fools Die”.
Entretanto, Tosh mete-se numa confusão com a polícia, que o apanhou a fumar marijuana e o torturou quase até à morte, partindo-lhe várias costelas e ossos da mão, Mais tarde, Peter Tosh é novamente agredido pela polícia durante o “One Love Peace Concert” devido a palavras dirigidas ao Primeiro-ministro Jamaicano.
Tosh sai da Jamaica para ir viver para os Estados Unidos e a convite de Mick Jagger associa-se à editora Rolling Stones, desta colaboração é editado o álbum “Bush Doctor” que inclui o dueto com Mick Jagger “Don't Look Back”, o 2º álbum a sair através da Rolling Stones foi “Mystic Man”, que contém para além do soberbo “Mystic Man”, também “The Day the Dollar Die” e “Buk-in-Ham Palace”. Eric Clapton também se tornou fã de Tosh, ao ponto de gravar um dueto com ele na música “Watch You Gonna Do”. Segue-se, em 1981, o álbum “Mama Àfrica" que inclui a brilhante canção que dá o nome ao álbum e claro, a conhecidíssima “Johnny B Good”, um cover do clássico de Chuck Berry.
Tosh tentou obter reconhecimento das massas mantendo seu ponto de vista militante, mas não foi muito bem sucedido, principalmente comparando com Bob Marley. Depois do lançamento de Mama Africa, ele entra num auto-imposto exílio, procurando auxílio espiritual de curandeiros africanos enquanto se tentava livrar de um contrato de distribuição dos seus discos na África do Sul.
Logo depois do lançamento de No Nuclear War em 1987, que ganhou o Grammy de álbum de reggae do ano, Peter Tosh foi assassinado com dois tiros na cabeça na sua própria casa. Existe uma conspiração sobre o seu assassinato, algumas versões culpam a CIA, pois foi provado que ela controlava Peter Tosh além de outros cantores rastas como Bob Marley. A verdadeira causa do assassinato nunca foi revelada, o que a justiça aceitou foi que seria um assalto com a finalidade de roubar dinheiro ao cantor. Um dos culpados está preso e nunca falou uma palavra sobre o caso, os outros dois assaltantes foram encontrados mortos nas ruas de Kingston. Amigos íntimos de Tosh dizem que foi o espírito de Tosh que os matou. A morte do cantor continua um mistério.
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