20 de maio de 2010

Parque Natural da Arrábida

O Parque Natural da Arrábida estende-se por uma área de 10.800 hectares, abrangendo áreas dos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra.
A originalidade da paisagem deve-se não só às suas características naturais mas também à remota humanização destes espaços, que de uma maneira geral se foi desenvolvendo em harmonia com o ambiente natural. O conjunto de acidentes de relevo que constituem a cadeia Arrábida, inclui elevações como as Serras de S. Luís, Gaiteiros, S. Francisco e Louro, atingindo o mais elevado expoente com a Serra da Arrábida, de constituição calcária, local onde se verifica o contacto com o mar.
O Parque Natural da Arrábida foi criado pela urgência de preservação de valores naturais, históricos e económicos, apresentando-se como uma área de revitalização dos espaços rurais e actividades tradicionais, onde o fabrico do queijo de Azeitão e vinhos de mesa, são mostras da perfeita integração no meio e da vida comunitária da população. Igualmente os valores históricos, como o Convento da Arrábida, incluem o elemento humano no ambiente valorizando um contacto consciente e equilibrado do Homem com a paisagem.
Esta serra apresenta-se como uma relíquia única do maquis mediterrânico, nela subsistindo vegetação natural de importância, não só nacional, como internacional.
Em consequência dos estudos, registaram-se até hoje 1450 espécies e subespécies na região designada por sector arrabidense, no qual sobressaem as espécies de distribuição mediterrânica (Elemento Mediterrânico) acompanhadas em algumas áreas, nomeadamente nas soalheiras e nas escarpas e arribas marítimas, pelas espécies macaronésicas (Elemento Macaronésico) e noutras, sobretudo nas umbrias, vertentes expostas ao quadrante norte, nos covões e ao longo dos cursos de água (Elemento Eurosiberiano).
O interesse geológico do Parque Natural da Arrábida traduz-se nos acidentes de relevo, nos afloramentos rochosos, em especial dos calcários brancos do Sul e os cinzentos do Norte, e na existência da conhecida brecha da Arrábida.
A existência de mangas de calcários, dolomíticos e siliciosos faz deste local um grande centro de extracção de materiais de construção e cimento.
Durante muitos anos, já após a formação do Reino de Portugal, a área em que hoje se encontra o Parque Natural da Arrábida foi uma importante coutada de caça, onde existiu uma fauna diversificada que incluía, entre outras espécies, lobos, javalis, e veados, estes últimos extintos nesta zona já no século (1901).
Actualmente, embora menos rica, a fauna da Arrábida apresenta ainda grande diversidade que importa salvaguardar. Nos mamíferos destacam-se o gato bravo (Felis silvestris), o geneto (Genetta genetta), o saca-rabos (Herpestes ichneumon), o texugo (Meles meles), a raposa (Vulpes vulpes), a lebre (lepus capensis), o coelho (Oryctulagus cuniculos) e ainda a existência de colónias de morcegos.
Constitui ainda a serra da Arrábida um extraordinário componente natural de grande valor paisagístico, encenando panorâmicas de grande beleza natural e de secular humanização. Nela se detiveram ao longo dos séculos poetas e pensadores contemplativos, estudiosos e eremitas, e não é por acaso que ali se ergue o Convento da Arrábida, com uma importante biblioteca franciscana.

14 de maio de 2010

Amsterdam

Amsterdão é a capital dos Países Baixos, situada na província Holanda do Norte. O seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica localizada a cidade. A cidade é conhecida pelo porto histórico, os museus de fama internacional, a zona de prostituição (Red Light District), as coffeeshops e os inúmeros canais que levaram Amsterdão a ser apelidada de "Veneza do Norte".
Amsterdão tem 761.262 habitantes e a sua área metropolitana tem cerca de 2 milhões de habitantes. É o centro de uma vasta zona urbana contínua, denominada Randstad, que se estende de Roterdão a Amsterdão e também Utrecht, com cerca de 7.6 milhões de habitantes.
A cidade destaca-se pelo sector financeiro, sendo o quinto centro financeiro europeu. Com mão-de-obra qualificada no sector logístico, a cidade destaca-se pelas suas infra-estruturas que reúnem um aeroporto internacional e um moderno porto marítimo.
No início, Amsterdão não era mais do que uma povoação de pescadores. Segundo a lenda, a cidade foi fundada por dois pescadores da província de Frísia, que por casualidade acabaram nas margens do rio Amstel num pequeno barco.
No ano de 1300 foi concedido o direito oficial de cidade e a partir do século XIV, Amsterdão começou a florescer como centro de comercial, principalmente pelo comércio com outras cidades holandesas e alemãs, conhecidas como a Liga Hanseática.
No século XVI, começou o conflito entre os holandeses e Filipe II de Espanha. Essa confrontação deu origem a uma guerra que durou 80 anos e que finalmente deu aos Países Baixos a sua independência. Depois da ruptura com a Espanha, a república holandesa ia ganhando fama pela sua tolerância para com as diversas religiões. Entre outros, procuraram refúgio em Amsterdão judeus de Portugal e Espanha, comerciantes de Antuérpia e huguenotes da França, perseguidos nos seus países devido à sua religião.
No início do século XVII, considerado o Século de Ouro de Amsterdão, a cidade converteu-se numa das mais ricas do mundo. Do seu porto saíam embarcações para o mar Báltico, a América do Norte, África e terras que agora pertencem à Indonésia e ao Brasil. Dessa forma foi criada a base de uma rede comercial mundial. Os comerciantes de Amsterdão possuíam a maior parte da Companhia Holandesa das Índias Orientais (Vereenigde Oostindische Compagnie) e da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (West-Indische Compagnie). Essas companhias instalaram-se em países que passaram a ser colónias dos Países Baixos. Nessa época Amsterdão era o principal porto comercial da Europa e o centro financeiro mais importante do mundo. A Bolsa de Valores de Amsterdão foi a primeira a funcionar diariamente.
A população da cidade cresceu ligeiramente de 10 000 em 1500 para 30 000 em 1570. Em 1700 este número já havia alcançado os 200 000 habitantes. Durante os séculos XVIII e XIX e até antes da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, o número de habitantes aumentou mais de 300%, alcançando os 800.000 habitantes.
No século XVIII e início do século XIX, Amsterdão entrou em declínio devido às guerras entre a república dos Países Baixos e o Reino Unido e França. Sobretudo as Guerras Napoleónicas que arrebataram as fortunas de Amsterdão. Quando se estabeleceu oficialmente o Reino dos Países Baixos no ano de 1815, a situação começou a melhorar. Nesse período uma das pessoas-chave das novas iniciativas foi Samuel Sarphati, um médico e planificador urbano, que procurou inspiração em Paris.
As últimas décadas do século XIX são chamadas de Segundo Século de Ouro de Amsterdão porque, entre outros, construíram-se novos museus, uma estação de comboio e o Concertgebouw, que é o teatro musical da cidade. No mesmo período chegou à cidade a Revolução Industrial. Novos canais e vias marítimas foram construídos para assim melhorar a ligação entre Amsterdão e o resto da Europa.
Pouco antes de começar a Primeira Guerra Mundial, a cidade começou a expandir-se, construindo novos bairros residenciais em direcção aos subúrbios. Durante a Primeira Guerra Mundial, os Países Baixos adoptaram uma posição neutra, mas mesmo assim a sua população sofreu muito com a falta de comida e gás para aquecimento.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu os Países Baixos no dia 10 de Maio de 1940, tomando o controlo do país depois de cinco dias de luta. Os alemães instalaram um governo civil nazista em Amsterdão, que se encarregava da perseguição aos judeus. Os holandeses que ajudaram e protegeram as vítimas foram também perseguidos. Mais de 100.000 judeus foram enviados para campos de concentração. Entre eles encontrava-se Anne Frank. Apenas 5.000 judeus sobreviveram à guerra.
No início do século XVII, com a crescente imigração para a cidade, Amsterdão colocou em prática um plano para a construção de canais de meio-círculo e concêntricos que se encontravam na baía do rio IJ. Foram feitos quatro canais: 3 residenciais (Herengracht ou Canal dos Lordes; Keizersgracht ou Canal dos Imperadores; e Prinsengracht ou Canal do Príncipe) e um canal de defesa (Nassau/Stadhouderskade). O plano ainda ligou os canais paralelos a esses novos quatros canais, como por exemplo o canal do bairro de Jordaan (onde viveu Anne Frank).
Na cidade encontram-se muitos museus de fama internacional, como o Rijksmuseum, o museu de arte moderna Stedelijk Museum, o Museu Casa de Rembrandt e Museu van Gogh, que possui a maior colecção de pinturas de Van Gogh no mundo.
A Casa de Anne Frank é um destino turístico muito popular, bem como o Hortus Botanicus Amsterdam, fundado no início da década de 60, um dos mais antigos jardins botânicos do mundo, com muitas antigas e raras espécies, entre as quais está a planta de café da qual saiu o ramo que serviu como base das plantações na América Central e América do Sul (o ramo foi um presente de Luís XIV de França e foi levado para a colónia francesa de Martinica em 1714, onde frutificou).
Em Amsterdão encontra-se a conhecida fábrica de cerveja Heineken, que também tem o seu museu, Heineken Experience. O clube desportivo AFC Ajax tem a sua sede e o seu estádio na cidade, o Amsterdam Arena. Também a prestigiosa sala de concertos Concertgebouw é sede da igualmente famosa orquestra sinfónica, a Orquesta Real de Concertgebouw, que deu seu primeiro concerto em 3 de Novembro de 1888.
Há numerosos edifícios, igrejas, praças e pontes que merecem uma visita. Uma data bem interessante para visitar a cidade é o Dia da Rainha ou Koninginnedag, a 30 de Abril. Neste dia todos os habitantes da cidade vendem nas ruas todo tipo de coisas, principalmente objectos de casa que já não utilizam. A cidade transforma-se num mercado e numa verdadeira festa, as ruas enchem-se de gente vestida da cor da casa real, o laranja.
Amsterdão é famosa pela enorme quantidade de bicicletas e é o centro mundial das mesmas. Quase todas as ruas principais têm vias para ciclistas e pode-se deixar a bicicleta em qualquer lugar. Em Amsterdão existem aproximadamente 700.000 ciclistas. Cada ano, são roubadas cerca de 80.000 bicicletas.
O espírito liberal que ela herdou da Idade do Ouro justifica o facto de nela existirem alguns cafés, os chamados Coffeeshops, onde é autorizada a venda de drogas leves para consumo pessoal e de existir uma indústria do sexo legalizada. Desde Outubro de 2000, as prostitutas de janela foram legalizadas de forma a poderem exercer a sua profissão. Hoje em dia, as prostitutas têm também de pagar impostos. Infelizmente, a discriminação é ainda muito grande neste negócio, onde várias prostitutas relatam o facto de alguns bancos recusarem fornecer certos serviços, por exemplo. Contudo, agora como sendo uma profissão legal, o governo assegura que todas as prostitutas estão aptas a ter acesso ao serviço médico e trabalhar em melhores condições, regulando e monitorizando as práticas de trabalho. Também existe ajuda neste bairro graças ao Centro de Informação de Prostituição. Também, ao contrário de crenças populares, o RLD é actualmente das áreas mais seguras em Amesterdão, devido aos vários polícias que patrulham a zona e aos seguranças privados contratados pelas próprias prostitutas.


13 de maio de 2010

Vinho

O vinho é, genericamente, uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo de uva. É legalmente definido como o produto obtido exclusivamente por fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas ou de mostos.
A constituição química das uvas permite que estas fermentem sem que lhes sejam adicionados açúcares, ácidos, enzimas ou outros nutrientes. Apesar de existirem outros frutos como a maçã ou algumas bagas, que também podem ser fermentados, os "vinhos" resultantes são geralmente designados em função do fruto a partir do qual são obtidos (por exemplo vinho-de-maçã) e são genericamente conhecidos como vinhos de frutas. O termo vinho (ou seus equivalentes em outras línguas) é definido por lei em muitos países. A fermentação das uvas é feita por vários tipos de leveduras que consomem os açúcares presentes nas uvas transformando-os em álcool. Dependendo do tipo de vinho, podem ser utilizadas grandes variedades de uvas e de leveduras.
O vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 6000 A.C., pensando-se que tenha tido origem nos actuais territórios da Geórgia ou do Irão. Crê-se que o seu aparecimento na Europa terá ocorrido há aproximadamente 6500 anos, nas actuais Bulgária ou Grécia e era muito comum na Grécia e Roma antigas. O vinho tem desempenhado um papel importante em várias religiões desde os tempos antigos. O deus grego Dioniso e o deus romano Baco representavam o vinho e ainda hoje o vinho tem um papel central em cerimónias religiosas, cristãs e judaicas como a Eucaristia e o Kidush.
No tempo dos romanos, pensava-se que o vinho (eventualmente misturado com ervas e minerais) tivesse também propriedades medicinais. Nesses tempos, não era invulgar dissolverem-se pérolas no vinho para conseguir mais saúde.
Durante a Idade Média, a Igreja Cristã era uma firme apoiante do vinho, o qual era necessário para a celebração da missa católica. Em locais como a Alemanha, a cerveja foi banida e considerada pagã e bárbara, enquanto que o consumo de vinho era visto como civilizado e como sinal de conversão. O vinho era proibido pelo Islão, mas após os primeiros avanços de Geber e outros químicos muçulmanos sobre a destilação do vinho, este passou a ter outros usos, incluindo cosméticos e medicinais. De facto, o cientista e filósofo persa do século X Al-Biruni, descreveu várias receitas em que o vinho era misturado com ervas, minerais e até mesmo gemas, com fins medicinais. O vinho era tão venerado e o seu efeito tão temido, que foram elaboradas teorias sobre qual seria a melhor gema para fabricar taças para contrariar os seus efeitos secundários considerados indesejáveis.
Os efeitos do vinho na saúde são objecto de intenso estudo. Nos Estados Unidos verificou-se um aumento considerável do consumo de vinho tinto durante a década de 1990, na sequência da publicação de várias notícias sobre o chamado paradoxo francês. Este último refere-se à menor incidência de doença coronária da França quando comparada com a existente nos Estados Unidos apesar do consumo de quantidades elevadas de gorduras saturadas na dieta tradicional francesa. Os epidemiologistas suspeitam que esta diferença seja atribuível ao elevado consumo de vinhos pelos franceses, no entanto esta suspeita baseia-se em evidências científicas escassas.
Estudos populacionais mostram uma associação entre o consumo de vinho e o risco de doença cardíaca. Isto é, os abstémios e os grandes consumidores apresentam um risco elevado, enquanto os consumidores moderados apresentam um risco mais baixo. Estes mesmos estudos mostram que o consumo moderado de outras bebidas alcoólicas pode ter também efeito cardioprotector, apesar de a esta relação ser mais marcada no caso do vinho. Estes estudos encontraram este efeito protector relacionado tanto com o vinho tinto como com o branco, ainda que evidências laboratoriais pareçam sugerir que o vinho tinto terá um maior efeito protector incluindo na prevenção do cancro por conter mais polifenóis que o vinho branco, devido ao processo de fabrico.
Pensa-se que uma substância em particular, o resveratrol, será pelo menos parcialmente responsável pelos efeitos benéficos do vinho na saúde, pois mostrou-se que é capaz de activar vários mecanismos cardioprotectores bem como quimioprotectores em animais. O resveratrol é produzido naturalmente pelas uvas em resposta à infecção por fungos, incluindo a exposição às leveduras durante a fermentação. Como o vinho branco tem contacto limitado com as peles das uvas durante este processo contém geralmente quantidades menores de resveratrol. Outros compostos benéficos encontrados no vinho incluem outros polifenóis, antioxidantes e flavonóides.
Um estudo publicado em 2007 descobriu que tanto o vinho tinto como o vinho branco são agentes antibacterianos eficazes contra a estirpe de Streptococcus. É interessante notar que tradicionalmente em várias partes do mundo o vinho é usado para tratar feridas.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, vinho incluído, é causa de várias doenças, como a cirrose do fígado e o alcoolismo.
Existem cinco tipos distintos de vinhos: os vinhos tintos, os brancos, os rosés, os espumantes, e os vinhos fortificados. Em Portugal existe um tipo de vinho específico, o vinho verde, que pode ser tinto ou branco, mas devido à sua acentuada acidez pode ser considerado como uma categoria à parte. Os vinhos tintos podem ser obtidos através das uvas tintas ou das tintureiras (aquelas em que a polpa também possui pigmentos). Os vinhos brancos podem ser obtidos através de uvas brancas ou de uvas tintas desde que as cascas dessas uvas não entrem em contacto com o mosto e que essas não sejam tintureiras. Já os vinhos rosés, podem ser feitos de duas maneiras: misturando-se o vinho tinto com o branco ou diminuindo o tempo de maceração (contacto do mosto com as cascas) durante a vinificação do vinho tinto.
O espumante é um vinho que passa por uma segunda fermentação alcóolica, que pode ser na garrafa, chamado de método tradicional ou champenoise, ou em auto-claves (tanques isobarométricos) chamado charmat. Ambas as formas de vinificação fazem a fermentação em recipiente fechado incorporando assim CO2 ao líquido e dando origem às borbulhas ou pérlage.
Os vinhos fortificados são aqueles que a fermentação alcoólica é interrompida pela adição de aguardente (~70% vol). De acordo com o momento da interrupção e da uva que está a ser utilizada, ficará mais ou menos doce. O grau alcoólico final dos vinhos fortificados fica entre 19-22% vol. Os mais famosos são o Vinho do Porto (Portugal), o Vinho da Madeira (Portugal), o Xerez (Espanha) e o Marsala (Sicília).

Frases e citações sobre vinhos

"In vino, veritas" (No vinho, a verdade) (Plínio,o Velho)

"Nas vitórias, é merecido, mas nas derrotas é necessário" (Napoleão Bonaparte, sobre o Champanhe)


"Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram." (Cícero)

"O vinho é a prova constante de que Deus nos ama e deseja ver-nos felizes." (Benjamin Franklin)


"O vinho revela os sentimentos." (Horácio)

"O vinho faz esquecer as maiores preocupações." (Sêneca)
"O bom vinho é um amigo bondoso e de confiança, quando bebido com sabedoria." (William Shakespeare)


"O vinho e a música sempre foram para mim um magnífico saca-rolhas." (Anton Pavlovitch Tchékhov)


"O vinho consola os tristes, rejuvenesce os velhos, inspira os jovens e alivia os deprimidos do peso das suas preocupações." (Lord Byron)


"O vinho que se bebe com medida nunca foi causa de problema." (Miguel de Cervantes)


"O vinho foi dado ao homem para acalmar as suas fadigas." (Eurípedes)

"O vinho é o sangue da terra." (Plínio)


"O Vinho é a mais sã e higiénica das bebidas" (Pasteur)

"Deus criou a água, mas o homem fez o Vinho" (Victor Hugo)


"A penicilina cura os homens, mas é o Vinho que os torna felizes" (A. Flemming, Nobel da Medicina)


"Tirei mais proveito do álcool do que o álcool tirou de mim" (Winston Churchill)

"Os que bebem Vinho, vivem mais do que os médicos que o proíbem" (Mussolini)


"Comer é uma necessidade do estômago, beber é uma necessidade da alma" (Claude Tillier)

"Áquele que encomendou meia garrafa de Vinho, faltar-lhe-á sempre a outra meia" (Gomez de La Serna)


"O bom Vinho alegra o coração dos homens" (Sagrada Escritura)


"Boa é a vida, mas melhor é o vinho" (Fernando Pessoa)

"Moderadamente bebido, o vinho é medicamento que rejuvenesce os velhos, cura os doentes e enriquece os pobres." (Platão)

6 de maio de 2010

Peter Tosh

Peter Tosh (19 de outubro de 1944 – 11 de setembro de 1987) foi um pioneiro músico de reggae/ska. Militante, bem-instruído e amigo da confusão, Tosh era o Malcolm X da personalidade estilo Martin Luther King representada por Bob Marley.


Baptizado Winston Hubert McIntosh, ele cresceu em Kingston, Jamaica, na favela de Trenchtown. Embora o seu pavio curto o metesse frequentemente em confusões, o jovem McIntosh começou a cantar e a tocar guitarra muito cedo, inspirado pelas estações americanas que conseguia sintonizar em seu rádio.


No início dos anos 60, conheceu Bob Marley e Bunny Livingston e ensinou-os a tocar guitarra, formando o grupo Wailing Wailers. Em 1966, os três começaram a envolver-se na religião Rastafari e mudaram o nome da banda para The Wailers.

Conseguem um contrato com a Island Records, lançando Catch a Fire em 1972 e Burnin’ em 1973. Neste mesmo ano, Tosh teve um grave acidente de automóvel. O seu carro cai de uma ponte, matando a namorada e deixando Tosh com uma fractura no crânio. Ele sobrevive, mas torna-se uma pessoa ainda mais difícil de se lidar. Depois de o presidente da Island, Chris Blackwell, ter recusado o lançamento do seu álbum a solo em 1974, Tosh e Bunny deixam os Wailers, citando o tratamento injusto que recebiam de Blackwell, que Tosh considerava “pior que os brancos”.


O ano de 1976, foi o momento da edição do 1º álbum de Tosh a solo, "Legalize It", o controverso single foi imediatamente proibido nas estações de rádio jamaicanas, mas mesmo assim foi um dos mais vendidos da história da música Jamaicana. Depois de "Legalize It", diversos clássicos foram lançados por Tosh, entre eles “Equal Rights” e “Fools Die”.

Entretanto, Tosh mete-se numa confusão com a polícia, que o apanhou a fumar marijuana e o torturou quase até à morte, partindo-lhe várias costelas e ossos da mão, Mais tarde, Peter Tosh é novamente agredido pela polícia durante o “One Love Peace Concert” devido a palavras dirigidas ao Primeiro-ministro Jamaicano.


Tosh sai da Jamaica para ir viver para os Estados Unidos e a convite de Mick Jagger associa-se à editora Rolling Stones, desta colaboração é editado o álbum “Bush Doctor” que inclui o dueto com Mick Jagger “Don't Look Back”, o 2º álbum a sair através da Rolling Stones foi “Mystic Man”, que contém para além do soberbo “Mystic Man”, também “The Day the Dollar Die” e “Buk-in-Ham Palace”. Eric Clapton também se tornou fã de Tosh, ao ponto de gravar um dueto com ele na música “Watch You Gonna Do”. Segue-se, em 1981, o álbum “Mama Àfrica" que inclui a brilhante canção que dá o nome ao álbum e claro, a conhecidíssima “Johnny B Good”, um cover do clássico de Chuck Berry.

Tosh tentou obter reconhecimento das massas mantendo seu ponto de vista militante, mas não foi muito bem sucedido, principalmente comparando com Bob Marley. Depois do lançamento de Mama Africa, ele entra num auto-imposto exílio, procurando auxílio espiritual de curandeiros africanos enquanto se tentava livrar de um contrato de distribuição dos seus discos na África do Sul.

Logo depois do lançamento de No Nuclear War em 1987, que ganhou o Grammy de álbum de reggae do ano, Peter Tosh foi assassinado com dois tiros na cabeça na sua própria casa. Existe uma conspiração sobre o seu assassinato, algumas versões culpam a CIA, pois foi provado que ela controlava Peter Tosh além de outros cantores rastas como Bob Marley. A verdadeira causa do assassinato nunca foi revelada, o que a justiça aceitou foi que seria um assalto com a finalidade de roubar dinheiro ao cantor. Um dos culpados está preso e nunca falou uma palavra sobre o caso, os outros dois assaltantes foram encontrados mortos nas ruas de Kingston. Amigos íntimos de Tosh dizem que foi o espírito de Tosh que os matou. A morte do cantor continua um mistério.
Enquanto Bob Marley revolucionava a música com sua mensagem de “positive vibrations”, Peter era mais radical e ficou famoso pela frase “não queremos paz, queremos justiça e direitos iguais.” "The stepping razor”, como era chamado, continua vivo através da sua música que ficou como legado ao mundo.