22 de julho de 2010

Maradona

Jogador argentino de futebol, campeão do mundo em 1986 e considerado de forma unânime como um dos melhores jogadores de todos os tempos. A magia da camisa 10 perdura na memória de todos os argentinos, numa espécie de veneração e agradecimento eterno pela alegria proporcionada pelo craque. Na sua galeria de jogadas antológicas está a famosa e controversa "mão de Deus", além do golo mais espetacular do século.
Diego Armando Maradona nasceu no dia 30 de outubro de 1960, num bairro de lata de Buenos Aires chamado Villa Fiorito. Filho de um operário, começou a jogar futebol aos 9 anos numa equipa infantil, Los Cebollitas. Em 1976, aos 15 anos, foi contratado pelo Argentino Juniors, uma equipa da primeira divisão. Um ano depois foi convocado para jogar na seleção nacional. Era chamado "el pibe de oro" (o menino de ouro). Em 1980 foi vendido ao Boca Juniors e dois anos mais tarde ao Barcelona de Espanha. Em 1984 foi contratado pelos italianos do Nápoles e lá ganhou dois campeonatos italianos em 1986/87 e 1989/90, uma Taça de Italia (1987), uma Taça Uefa (1989) e uma Supertaça Italiana (1990). Aos 17 anos já estava entre os 25 melhores jogadores argentinos, mas não maduro o suficiente para fazer parte da equipa que consagrou a Argentina como campeã do mundo em 1978.
Em 1979 ele foi o capitão da equipa que ganhou o campeonato mundial sub-21. A performance de Maradona deixou muito a desejar no mundial de Espanha em 1982, quando foi expulso num jogo contra o Brasil. Já no mundial do México 1986 - no seu auge como jogador - ele conduziu a vitória da seleção argentina contra a Alemanha (3-2) na final. Nesse mundial, um inspirado Maradona marcou o que logo viria a ser o golo do século: partindo do meio campo da equipa argentina, driblou 10 (!) jogadores ingleses e meteu a bola na baliza. No mundial de 1990 levou a Argentina à final, mas tiveram que se contentar com um segundo lugar, perdendo por 1-0 contra a Alemanha.
A relação de Maradona com as drogas torna-se pública pela primeira vez em 1991,quando foi expulso do Nápoles após falhar um teste anti-doping. Voltou então à Espanha, jogando agora pelo Sevilha e depois regressou à Argentina para jogar pelo Newell's Old Boys. Esse problema com as drogas voltaria a ser um pesadelo na Copa de 1994, quando o teste anti-doping detectou que ele havia utilizado "ephedrina" e a FIFA o proibiu de jogar por um ano. A seleção argentina, que dependia muito do seu capitão, acabou sendo derrotada nos oitavos-de-final pela Roménia. Depois desse ano e passada a suspensão, Diego voltou ao Boca Juniors, onde jogou até 1997. No dia do seu 37° aniversário retirou-se definitivamente dos campos de futebol.
Durante o ano de 2000 esteve numa clínica de recuperação em Cuba, onde decidiu escrever o seu livro autobiográfico entitulado "Yo soy el Diego". Anos depois, na Argentina, ele aceitou o desafio de apresentar seu próprio programa de televisão, "La Noche del Diez", com grandes convidados nacionais e internacionais.
Diego tem fama de ser um absoluto pai coruja com suas duas filhas, Dalma e Gianinna. Além disso, tem uma tatuagem do Che Guevara no braço direito e uma de Fidel na perna esquerda. Esse e outros aspectos do deus-pessoa inspiraram o documentário biográfico "Maradona by Kusturica" (2008), produzido pelo genial cineasta servio.






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